terça-feira, 25 de novembro de 2014

Doula: antes, durante, depois e sempre!

Escrever um pouco sobre minha experiência de gestação e parto é contar uma verdadeira jornada que a gente vai vivendo um dia de cada vez cumprindo as tarefas reservadas a cada dia, sentindo a energia de cada dia, sentindo a expansão de nosso corpo e porque não de nossa consciência.
Escuto meu coração, ao menos tento não silenciar ou negligenciar a voz da intuição, sim, aquele soar sutil feito o som que sopra de dentro das conchas do mar quando a encostamos nos ouvidos, e assim foi, lá pelo 3º, 4º mês de gestação, de uma gestação muito celebrada e querida por mim por meu companheiro e que como fora desejada pude acompanhar atentamente desde seu primeiro momento, foi neste momento com dores no quadril que senti fortemente a vontade de trabalhar meu corpo e mais que isso, de ser cuidada, havia pensado em aulas de yoga, dança para gestantes entre outras coisas, mas francamente tudo me parecia ou longe ou caro demais, ou as atividades aconteciam em horários que eu não poderia participar por conta do trabalho, este é o tipo de ocasião que me faz fechar os olhos e simplesmente confiar que vai aparecer alguém pra me ajudar, pois por sorte ou fé no meu caminho tem sido assim: confio que a pessoa certa irá se apresentar e não é que ela vem mesmo.
E deste modo, uma amiga que mora atualmente no Rio de Janeiro em breve visita em seu último dia de estadia aqui por SP comentou que havia conhecido por uma amiga uma terapeuta crânio sacral e que iria fazer terapia com ela antes de embarcar, aquilo ascendeu uma luz dentro de mim, e mesmo sem saber o que era aquela terapia exatamente, o simples fato de ser bem próximo a minha casa e ser uma prática terapêutica já me deu esperanças, nem esperei minha amiga contar como foi (de algum modo eu já sabia que se tratava de algo muito precioso), procurei pela internet, achei o blog, li alguns textos, fiquei muito feliz por ser liberada para gestantes, anotei o telefone e liguei imediatamente para a Rafaela para marcar minha primeira terapia.
Logo de cara já achei incrível a proposta dela de “pague o quanto puder”, se encaixava perfeitamente com aquilo que vinha procurando: acessibilidade, valores justos e qualidade, além de humanidade.




E desde nosso primeiro encontro num domingo a noite o que demonstra total entrega ao serviço por parte da terapeuta, me senti imensamente amparada e cuidada, de um modo tão sutil e intenso, feito o vôo de uma borboleta, pra mim terapia crânio sacral é isso: uma borboleta que vem, sobrevoa a gente, a gente suspira, relaxa, lembra das coisas maravilhosas da vida e nem percebe ela já foi embora e nos deixou assim em estado de graça que a gente até esquece como estava antes, e isso combina tanto com meu modo de tecer a vida, com as relações que procuro ter, com a delicadeza e gentileza que  procuro germinar nas relações, afeto sabe, sem essa de “tratamento profissional” que só serve pra disfarçar frieza e distanciamento, eu gosto de olho no olho, colo quentinho de mãe e aconchego de casa de vó, burocracia (cadastro, espera, preenchimento de ficha, é tudo que a gente não quer quando precisa de cuidado, não dá pra tratar sem amor, sem toque e é isso que a dita “medicina tradicional” parece não ter entendido ainda.
Sei que foi isso: essa beleza de encontro, essa menina mulher que parece fada outrora uma velha curandeira foi cuidando de gente: eu, meu companheiro, meu bebê no ventre, meus melhores amigos, os laços foram se estabelecendo e alguns limões depois ( a Rafa ganhou um monte de limão rosa e sempre compartilhava com a gente), um belo dia, ela me perguntou se eu pretendia ter uma doula, naquele momento ainda estava refletindo se faria parto domiciliar, ou na maternidade que meu plano de saúde cobriria, conheci algumas doulas, sabia de pessoas confiáveis que desenvolvem este trabalho, mas aquela voz da intuição ainda não tinha soprado nos meus ouvidos a pessoa certa, até aquele momento mágico em que tive a imediata e brilhante idéia de convidar a Rafa para esta função, respondi assim: então Rafa, eu tava pensando aqui que você tem acompanhado minha gestação e tem sido tão boa essa parceria que acho que o mais justo é você acompanhar meu parto caso tenha interesse” um marejar em seus olhos e uma explosão de alegria foram a sua resposta positiva, pois mesmo não tendo feito ainda este trabalho, não tendo acompanhado outras gestações, eu tinha a certeza de que ela estava pronta, apenas esperando a gente chegar e fazer o convite, sabe quando você já faz alguma coisa muito bem tão instintivamente que sequer percebeu, aí vem alguém e te fala: então, você poderia fazer isso (que você já faz) porque você faz tão bem e apenas não se deu conta. Este foi nosso despertar. 

E pouco tempo depois a Rafa já estava com formação oficial de doula e tudo certo pra acompanhar meu parto, que por fim decidi fazer na maternidade um parto normal sem intervenções e ela conseguiu  a verdadeira saga de se cadastrar na maternidade e receber autorização para nos acompanhar e foram muitas peripécias dentro de nossa jornada, certa vez brinquei: “porque tem sempre que ser assim tão emocionante na nossa vida” dentro do carro na 23 de maio em dia de chuva e trânsito a caminho de uma visita agendada na maternidade em que chegamos em cima da hora.
Com o parto não foi diferente, Pérola Lúcia deu seus sinais de chegada no sábado (dia do chá de bebê) e antes de arrumar tudo pro chá dei uma passada na maternidade e fui informada que aquele pequeno sangramento era o rompimento do tampão e que estava apenas com 1cm de dilatação, estava liberada pra ir pro chá tranquilamente, neste mesmo dia a Rafa chegou no fim do chá porque foi levar uma amigo que quebrou a perna pra casa, e nos ajudou com toda a organização final do espaço, eu falei brincando que arrumação de chá de bebê estava fora do pacote de serviços de doula. No dia seguinte comecei a sentir contrações de 10 em 10 minutos e eu e meu companheiro havíamos passado o dia arrumando os detalhes finais da organização do quarto e arrumado nossas malas para a maternidade, e como estavam bem ritmadas, fomos para a maternidade novamente: a mesma situação 1 cm de dilatação e a recomendação de voltar apenas quando as contrações estivessem de 3 em 3 minutos, fomos pra casa chegamos quase 4 da manhã e dormi até 11horas porque sabia que ela esta vindo. Acordei com contrações bem mais fortes de 3 em minutos, tomei banho, tentei almoçar mas não rolou muito, liguei pra Rafa que falou que sonhou que eu ligava e falava que estava com contrações mais fortes, ela pegou um taxi, veio pra casa e meu sogro nos levou a maternidade, meu marido foi direto do trabalho chegamos as 13h aproximadamente.
Chegando lá: exame de toque: 4cm de dilatação, ligam para o médico que faria meu parto:que pede pra fazer cardiotoco e procedimentos para internação. Neste decorrer tem aquela burocracia do acompanhante fazer a documentação da internação, alguns exames de toque (mas nada que se eu achasse abusivo eu não pudesse dizer não como fiz algumas vezes que achei desnecessário) algum tempo no cardiotoco, até me botarem aquele aventalzinho e finalmente eu subir pra uma sala com várias outras gestantes para aguardar a liberação da sala.
Neste momento foi muito claro como a presença da doula é essencial, pois eu estava com contrações de intensidade média, estava num grau bem suportável o que é relativo de pessoa pra pessoa eu já havia passado por experiências de dor e nestas ocasiões procurei aprender com elas a conduzir melhor a dor (mas dor é dor) e ter a Rafa ali, sorrindo, dando risada junto simplesmente conversando já me desviava muito da dor em si, eu via no rosto das outras gestantes como era péssimo estar ali sozinhas sentindo dor. E a oferta de anestesia neste momento era bem grande, as enfermeiras pareciam não acreditar mesmo que eu não queria anestesia e que estava tudo bem, eu queria mesmo é poder comer algo e tomar água isso sim, o máximo que conseguimos foi uma gelatina e um suco de caixinha.
Até o momento meu médico estava sendo informado sobre o andamento do trabalho de parto e informou que chegaria às 23h aproximadamente, quando o quarto vagou já estava escuro, entre 18 e 19h, e aí foi uma maravilha porque do contrário ao que pensei a equipe da maternidade nos deixou totalmente a vontade no quarto, pudemos colocar música  ( o que sempre me ajuda em tudo na vida!) e pude relaxar na banheira, a Rafa fez várias massagens e foi incrível, meu marido também estava lá e estava tudo certo, a esta altura  6cm de dilatação tudo fluindo naturalmente a seu tempo.
E ficamos por lá, conversando, relaxando, ouvindo música, até cantei. As contrações aumentavam e eu sentia a evolução do trabalho de parto que estava ótimo até o momento.
As 23h aproximadamente com as contrações a todo vapor o médico chegou, estava meio afobado, entrou, falou que esperava me encontrar de outro jeito (me pergunto como? gritando desesperadamente pedindo por uma cesária talvez?) colocou as luvas, sequer tirou a bolsa que trazia a tiracolo e fez o exame de toque mais doloroso que eu recebera até o momento e falou que a dilatação estava em 8cm e que demoraria, e ele voltaria mais tarde, então aproveitei pra ir mais um pouco na banheira, pedi para meu companheiro descansar um pouco e depois tirei até uns cochilos entre uma contração e outra, estava tranqüila, o que eram 2 cm pra quem estava em trabalho de parto a mais de 30h?, fui aprendendo com as contrações, o corpo é muito sábio, fiquei impressionada ... fui sacando que o lance era relaxar quando vinha a contração, me entregar praquela dor, permitir que ela me conduzisse e não ficar lutando contra ela, e sim estabelecer uma parceria com ela.
1 hora da manhã o doutor volta, entra sem bater, acende a luz em nossa cara, tento descontrair falando que como ele disse que iria demorar eu aproveitei pra tirar um cochilo, mas ele não estava muito pra brincadeira, bem diferente de todas as consultas do pré natal, que fiz com ele desde o começo da gestação, ele estava bem diferente daquele cara que recebia todas as pacientes com beijinho no rosto, se mostrava super aberto a parto normal, bem diferente do cara que fez o parto da minha amiga na maternidade e respeitou todas as vontades dela de não tomar anestesia, não induzir e não fazer episio, bem diferente do cara que eu nunca chamei de doutor porque francamente não dá pra ter essa frieza toda com alguém que vai acompanhar o seu parto, isso é algo intimo por natureza, não dá pra ser “profissional” e imparcial nestas horas, é preciso muito afeto sabe ... só que não, ignorando todas as conversas que tivemos ele veio com um papo de que eu tinha agüentado bem até agora (9 cm de dilatação) mas que o recomendado era eu tomar anestesia porque provavelmente eu estava segurando as contrações e não estava tendo dilatação e blá blá blá (como sem dilatação se a 2 horas atrás eu estava com 8cm e agora com 9cm?) e foi entrando um povo paramentado um cara preparando anestesia, falaram que os acompanhantes tinham que ficar fora da sala. Foi péssimo este momento, eu realmente estava agüentando firme, não queria tomar anestesia porque nunca tomei e seu dos riscos envolvidos e na boa a dor estava suportável (lembrava sempre da voz da minha mãe que teve 2 partos naturais e me falou com semblante calmo quando lhe perguntei sobre a dor: a dor é bem suportável e lembrava também d um texto que li e falava: pense no prazer de parir e não na dor) E mais uma vez a presença da doula foi essencial, do lado de fora da sala a Rafa falou para meu marido: eu sou apenas a doula, mas você é o marido, sabemos que ela não quer anestesia, você pode conversar com ela. E por uma graça meu marido entrou na sala e perguntou: Paula, você vai querer tomar anestesia? E eu respondi que não queria, porque se eu tinha agüentado até 9cm não queria desistir na reta final, eu queria apenas saber se esperar envolveria algum risco ao bebê ( eu sabia que não porque os registros de batimento cardíaco e movimentação do bebê estavam  super ok) e falei que tinha medo de tomar anestesia e isto interromper meu trabalho de parto e eu ter que fazer cesárea, o doutor falou: mas interrompido o seu trabalho de parto já está, (oi, como assim?)  então ele percebeu que não iria ter Cristo que me fizesse tomar anestesia aos 45 do segundo tempo e simplesmente virou as costas e foi embora, assim, sem sequer dar alguma explicação, saber se eu estava bem, sem me ouvir, falou para a equipe da maternidade: estou passando o caso para a plantonista e foi. Ficamos chocados com a falta de ética e de educação mesmo, como assim o médico que te acompanha por 9 meses te abandona assim na hora que você teoricamente mais precisa dele? E mais uma vez vem a Doula maravilha (aqui imaginem ela com uma capinha de super heroína) e seu fiel escudeiro meu maridoulo e me dão todo suporte para contornar essa situação muito desagradável (lembra do lance que escrevi falando que tem que ter emoção sempre na minha vida?... então é desse tipo de evento que estamos falando)
Chegou a plantonista que achou tranqüilo esperar o tempo que fosse necessário e respeitou o fato de eu não querer anestesia.
Neste momento ficamos apenas eu meu companheiro e a Rafa no quarto, e eles foram muito parceiros, eles que fizeram meu parto, porque ficaram ali um de cada lado segurando minha mão, me lembrando de respirar, respirando comigo ... em determinado momento a Rafa perguntou se eu queria que ela lesse algo pra mim  e me lembrei imediatamente de um texto que até então eu não sabia muito bem o porque  mais eu simplesmente havia impresso e colocado na mala da maternidade ( olha aí a voz de dentro de concha da intuição de novo me soprando)  e ela foi buscar o texto na mala, voltou dentro de poucos minutos e leu em voz muito branda o texto abaixo:

Carta da Nona Lua – O parto tem seu próprio tempo
por Flávia Penido em 09/05/2010

Sinto que você está chegando, meu corpo vem me dando seus sinais. Foram nove meses de comunhão, dias melhores, outros piores, agora chegam ao fim. Quem venha com o tempo, que venha com a lua, que venha! Já te aguardo, te pressinto. Confesso para ti, somente para ti, confesso que já me sinto ansiosa pela sua chegada. Meu corpo todo sente o seu peso, e já está tão difícil mover quanto ficar quieta.
Respiro fundo e suspiro, nascer é tempo sem hora.Aguardo você sentir-se pronto, pronto para respirar por si só. Saiba que eu mesma já me sinto inteiramente pronta. Durante os nove meses eu estive ocupada, sim, eu sei. Também durante nove meses eu me acostumei à sua presença em mim. Tive bastante chance de me preparar, a mente teve seu tempo de absorver as mudanças que trará para minha família. Sinta-se desejado e amado, meu bebê, por todos nós. Desejo-te.
Pressa? Não eu não tenho pressa, para que andar depressa? Quero que venha, mas que venha na sua hora. Não existe hora marcada, não marquei na agenda. Sem nenhum compromisso, que seja pelo nosso desejo mútuo.
Quando meu corpo e você estiverem em trabalho parto, vamos nos repartir, você vai partir para uma nova jornada, é uma viagem intensa, procure a luz, procure o caminho que te ofereço em meu corpo.Não tema essa viagem, porque estou sempre contigo. Despeço-me da barriga linda e grande, você se despede do interior do meu corpo. Mas nos encontramos aqui deste lado, em uma nova e longa aventura. Começa em um grande deleite. Sinta o amor que confirmo ao colocar minhas mãos em meu ventre, sinta o calor que emana. Este calor destas mãos você vai sentir aqui fora. Pode vir, garanto que estou aqui.
Sem pressa para essa viagem, criança, sem pressa. Venha surfando em onda esplêndida, venha no ritmo que imprimimos juntas, somente nós duas. Você e eu temos todo o tempo, todo o espaço para essa caminhada. Temos bola, temos água, temos de tudo! O tempo e espaço do parto é nosso, só nosso. É o meu parto e o seu nascimento. A dinâmica será somente nossa e sem artifícios exteriores, creia em mim, eu lhe prometo que será nossa e de mais ninguém. Como estou tão segura? Por que desta vez eu fiz as escolhas que me aprazem desde o começo, ouvindo meu mais intimo desejo! Sim, você já sabe disto, eu ouvi os meus medos e procurei sua cura, procurei sanar suas carências. Impedi também que medos alheios me assombrassem.Cá estou pronta para a entrega. Ninguém vai precisar nos ajudar nessa viagem de partida e de chegada. Você pode ouvir a calma e potente batida do meu coração. Então, prepara-se e dê o sinal! Venha na lua que te escolher e venha com vontade de me ver, olhe para a luz!

Tempo e Espaço
O Parto tem seu próprio tempo
Tempo frugal, Tempo sem pressa
Tempo que se acha, Tempo que se dá
Tempo que procria,Tempo que se cria
Tempo que se cri- ança, Tempo que se cansa
Tempo que se dança, Tempo que deságua
Tempo sem mágoa, Tempo que demora
É tempo sem hora…
O parto tem seu próprio espaço
Espaço sem lugar, Espaço de esperar
Espaço que se faz, Espaço que se abre
Espaço que se tem, Espaço que contém
Espaço que se dança, Espaço que se água
Espaço que se bola, Espaço que rebola
Espaço que se embola, Espaço de ir embora
É espaço de ir, em boa hora
Tempo sem drama
Espaço de trama
Hora de criança
Lugar de mulher


Pouco tempo depois, com energia e força total quase 3 da manhã minha bolsa rompe com um liquido cristalino segundo a Rafa, o que nos afasta da possibilidade de mecônio, a plantonista é chamada, faz um exame de toque bem suave e fala: maravilha, dilatação total ... ela vai chegar, chama a equipe que vai trazendo equipamentos, trocando os lençóis enfim (tipo cena de filme) e as contrações são bem fortes, respiro e transformo essa dor em força que empurra meu bebê, e vamos juntas eu e ela em espiral nascendo, nos parindo ... a plantonista vai me guiando a fazer força ... Sinto o círculo de fogo, um arder indescritível... e ela vem: as 03:17 minutos nasce Pérola Lúcia, nasce Adriano José, nasce Paula Marcelle e nasce Rafaela Rocha: nascemos os quatro. Nossa pequena chora e sinto-me em êxtase, uma alegria sem fim, um mar de amor! ... uma enfermeira com olhos azuis assustados que vira e mexe aparecia na sala e me olhava espantada como quem não acreditava que era possível parir sem anestesia e falava: nossa mulher você é forte !!!, neste momento fala: nunca vi alguém sentir dor e sorrir !!! pois é, a vida tem dessas dores felizes, nossa dor é o que a gente faz dela: eu faço força.

Paula Marcelle Nabarreti Fernandes – 10/09/2014 -23:13h, escrevo enquanto Pérola Lúcia, uma linda recém nascida de 15 dias nascida em um lindo e desafiador parto normal sem intervenções se amamenta prazerosamente de dentro de seu sling preso a meu corpo.

GRATIDÃO!

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